quarta-feira, 2 de novembro de 2011

O PROBLEMA ESTRUTURAL DA EDUCAÇÃO


Esse vídeo expressa um problema estrutural que condiciona e muito a melhoria da qualidade de educação pública. Nós que estamos nas escolas sabemos muito bem disso. Nós que temos que ter dois empregos(alguns três) para ganhar próximo ao valor de um salário de vergonha para o professor sabemos muito bem o quanto essa situação limita as nossa possibilidades e melhorar o rendimento do nosso trabalho.
Devemos expor sempre essa realidade diante de argumentos cínicos dos que defendem o privatismo na educação, que trata o problema da educação como uma questão de gestão, antes era problema da formação, ou a falta da participação da família, em outros tempos era a capacidade inferior das classes populares... ou seja, sempre se tem um argumento SEM VERGONHA para não admitir o óbvio ou mesmo para não admitir sinceramente que a negação de uma educação de qualidade para a grande parcela da população tem sido uma "POLÍTICA DE ESTADO". A negação da educação ,a promoção da ignorância em larga escala  é a grande política educacional que acompanha a escola brasileira desde o seu surgimento, nisso todos os governos até então tem colaborado uns mais outros menos. Apesar de termos vivido um momento mais favorável, os investimentos ainda são incipientes diante dos desafios. Sempre que se tem propostas para melhorar a educação vemos como o lado CAFAJESTE  de nossa classe política se compromete em diminuir os investimentos, protelar as decisões e postergar a aplicação das leis (como a do Piso) enquanto  SE DÃO aumentos da ordem de 60% nos próprios salários.
AFIRMO SEMPRE , QUE ENQUANTO OS TRABALHADORES DA EDUCAÇÃO SILENCIAREM DIANTE DESSAS QUESTÕES NÃO SEREMOS RESPEITADOS , ENQUANTO NÃO FOMOS TEMIDOS COMO UMA CATEGORIA QUE TIRA VOTOS E DERRUBA A POPULARIDADE DOS GOVERNOS , NÃO SEREMOS RESPEITADOS E O CAFAJESTISMO COM QUE TEMOS SIDO TRATADOS SERÁ TÃO CORRENTE COMO É AGORA.

domingo, 30 de outubro de 2011

AULA DE MATEMÁTICA



Hoje vou brincar de professor de matemática. Vou passar alguns problemas para vocês resolverem. 


Problema nº1 

Um professor trabalha 5 horas diárias, 5 salas com 40 alunos cada. Quantos alunos ele atenderá por dia? 

Resposta: 200 alunos dia. 

Se considerarmos 22 dias úteis. Quantos alunos ele atenderá por Mês? 

Resposta: 4.400 alunos por mês. 
Consideremos que nenhum aluno faltou (hahaha) e, que em cada um deles, resolveu pagar ao professor com o dinheiro da pipoca do lanche: 0,80 centavos, diárias. Quanto é a fatura do professor por dia? 

R: 160,00 reais diários 

Se considerarmos 22 dias úteis. Quanto é faturamento mensal do mesmo professor? 

R: Final do mês ele terá a faturado R$ 3.520,00. 


Problema nº2 

O piso salarial é 1.187 reais, para o professor atender 4.400 alunos mensais. Quanto o professor fatura por cada atendimento? 

Resposta: aproximadamente 0,27 mensais 

(vixe, valemos menos que o pacote de pipoca)... continuando os exercícios... 

Problema nº3 

Um professor de padrão de vida simples,solteiro e numa cidade do interior, em atividade, tem as seguintes despesas mensais fixas e variáveis : 

Sindicato: R$12,00reais 

Aluguel: R$350,00reais ( pra não viver confortável) 

Agua/energia elétrica: R$100,00 reais (usando o mínimo) 

Acesso à internet: R$60,00 reais 

Telefone: R$30,00 reais (com restrições de ligações) 

Instituto de previdência: R$150,00 reais 

Cesta básica: R$500,00 reais 

Transporte: sem dinheiro 

Roupas: promocionais 

Quanto um professor gasta em um mês? 

Total das despesas: R$1202,00 

Qual o saldo mensal de um professor? 

Saldo mensal: R$1187,00 - 1202= -15 reais, passando necessidades 

E no caso deste professor ter mulher e filhos?

Agora eu te pergunto: 
- Que dinheiro o professor terá para seu fim de semana? 
- Quanto o professor poderá gastar com estudos, livros, revistas, etc. 
- Quanto vale o trabalho de um professor?? 
- Isso é bom para o aluno??? 
- Isso é bom para a educação pública do Brasil?? 

Agora olhem a pérola que o Sr. Governador do Ceará disse: 

" Quem quiser dar aula faça isso por gosto, e não pelo salário. 
Se quiser ganhar melhor, peça demissão e vá para o ensino privado " 

Cid Gomes - Governador(_) do Ceará 

SE VOCÊ ACHA QUE NOSSO GOVERNADOR DEVE ABRIR MÃO DE SEU SALÁRIO E GOVERNAR POR AMOR, PASSE PARA A FRENTE!. 

CAMPANHA 
"Cid, doe seu SALÁRIO e governe por AMOR !" 

Vamos espalhar isso aos 4 ventos e aumentar a campanha: 

DEPUTADOS FEDERAIS E ESTADUAIS, MINISTROS, DOEM SEUS SALÁRIOS E TRABALHEM POR AMOR! 

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

CARTA AO SECRETÁRIO DE EDUCAÇÃO DE PERNAMBUCO


CAROS COLEGAS DA EDUCAÇÃO

Segue a carta que enviei ao Secretário de Educação de Pernambuco, Dr. Anderson Gomes, com reflexões sobre a problemática do cotidiano escolar que raramente são tratados ou considerados ante a fobia por resultados. 

Já que o Sindicato  tem se comprometido muito mais com as legendas partidárias do que com os trabalhadores da educação a categoria está sem porta voz, creio que cada um em seu local de trabalho, em sua função precisa pautar as discussões diante da política educacional vigente, que faz parecer que cabe somente a escola a elevação da qualidade da educação. Porém, insiste em práticas e direcionamentos equivocados pedagogicamente pois são pautados pelos bancos e pelas instituições privadas que lucram criando "receitas" de gestão para a educação.

Sou um dos que defendem a responsabilização, mas não a que deposita sobre a escola a culpa e a obrigação de dar conta de SÉCULOS DE OMISSÃO. A classe dirigente brasileira tem um mérito fantástico, por ser a única no mundo, com o potencial econômico que temos que conseguiu PRODUZIR LUCRO E BURRICE em larga escala ao mesmo tempo.(Ler sobre o Óbvio - Darcy Ribeiro).

É natural que se tenha pressa para tirar Pernambuco da situação vexatória em que se encontrava em 2005, mas que não é tão diferente atualmente. Faço questão de me posicionar como PROFESSOR e Técnico (PEDAGOGO) que a educação de Pernambuco está fazendo uma grande reforma Administrativa, mas, ainda está engatinhando na Pedagogia (que é a atividade FIM da escola). Creio que os profissionais da educação ainda não foram reconhecidos como FUNDAMENTAIS para o processo de crescimento. Digo até mais, Pernambuco, estagnará em seus números que QUISER insistir nessa fórmula arrogante e tecnocrática sobre os profissionais que LITERALMENTE FAZEM a escola.

Já que o Estado tem um programa com o nome do GRANDE EDUCADOR Paulo Freire, que infelizmente é ignorado na política educacional do estado hoje. Sugiro a S.E que antes de evocarem Freire, quando convém , VEJAM O QUE ELE DIZIA SOBRE O QUE FAZEM...

Não podemos falar das metas educativas sem nos referirmos às condições materiais das escolas. E que elas não são apenas ‘espírito’, mas ‘corpo’ também. A prática educativa cuja política nos cabe traçar, democraticamente, se dá na concretude da escola, por sua vez situada e datada e não na cabeça das pessoas.[...] em última análise, precisamos demonstrar que respeitamos as crianças, suas professoras, sua escola, seus pais, sua comunidade, que respeitamos a coisa pública, tratando-a com decência. Só assim podemos cobrar de todos o respeito também às carteiras escolares, às paredes da escola, às suas portas. Só assim podemos falar de princípios e valores.[...]  Precisamos deixar claro que acreditamos em quem e respeitamos quem se acha nas bases.[...] Mudar a cara da escola implica também ouvir meninos e meninas, sociedades de bairro, pais, mães, diretoras de escolas, delegados de ensino, professoras, supervisoras, comunidade científica, zeladores, merendeiras etc. Não se muda a cara da escola por um ato de vontade do secretário. (FREIRE, 2005, 34-35)

Pois bem,  seguem as reflexões para que compartilhem entre os colegas, comentem se concordarem ou não. Outras reflexões vocês encontrarão no meu blog







Saudações gameleirenses....
  
Prof. Ítalo Agra
Pedagogo (FAESC)
Mestrando em Educação (UFPB)
Professor e Técnico Educacional da
Rede Estadual de Pernambuc o
 
http://lattes.cnpq.br/7937390653515896

http://palavra-acesa-italoagra.blogspot.com/

http://twitter.com/#!/italoagra

 








Ao Ilmo Secretário de Educação.
Prof. Phd. Anderson Gomes

 Hoje(10/10) a GRE Mata Sul, promoveu o encontro para repassar e nos ensinar a analisar os dados do SAEPE. Faço questão de parabenizá-lo, pois , pelo que nos informaram, foi decisão sua a de produzir os materiais para serem impressos em quantidade satisfatória e não só entregues, e sim analisados com os professores, técnicos e educadores de apoio.

O encontro está sendo muito proveitoso (amanhã 11 será concluído) tanto que dele surgiram diversas reflexões que humildemente compartilho com quem tem mais  possibilidades de intervir qualitativamente nas questões que relato a seguir.

A GESTÃO POR RESULTADOS AINDA NÃO "ENTROU" NA MAIORIA DAS ESCOLAS. Digo a partir das que eu conheço e diga-se de passagem, minha GRE está com o pior resultado do estado. O monitoramento sim, este é sentido desde 2008, com o aumento do controle dos processos, a observação dos rankings e dos resultados alcançados entre outros. 
MAS, existe uma IMENSA debilidade pedagógica na utilização dos dados provenientes do SAEPE.  O monitoramento coíbe algumas práticas inadequadas, mas não tem um desdobramento maior na atividade mais relevante da escola que é o ensino. Atua-se para garantir que o professor entre na sala, mas e daí ? há todo um esforço para que as aulas previstas sejam dadas, mas, o que está sendo dado? As OTMs, as matrizes , o livro didático, o enrolation....como saber? Pelo registro da aula? No que é mais importante para a escola ainda estamos engatinhando.

A própria estrutura montada de educadores de apoio está falida (se é que já não nasceu assim, como uma economia que tem saído caro). Se a gestão por resultados é uma novidade até para muitos pedagogos, como confiar, por exemplo, o DESDOBRAMENTO PEDAGÓGICO DOS DADOS DO SAEPE (atividade bastante complexa) a professores que exercem a função e que não tem formação aprofundada para tanto. Simplesmente ele não tem obrigação de saber.


Até porque, o modelo de seleção interna com restrição de áreas e sem gratificação, estimulou muito mais que a função fosse um refúgio da sala de aula e não uma área que exige experiência e competência técnica. Outro dado é a imensa demanda por educadores de apoio nas escolas. É que terminada a seleção interna, não foi feito nada para preencher as lacunas, simplesmente ficou em aberto, como se fosse um trabalho qualquer. A banalização do trabalho pedagógico fica reiterada nessa opção do governo.


 Duvido que as pessoas que inventaram essa gambiarra confiem ir a um ortopedista tendo problemas do coração. Ora, não são todos médicos ?? é isso que nos dizem, com esse modelo. Duvido ainda, que confiem seus filhos a escolas que não investem em um suporte pedagógico de qualidade. E porque esta fórmula avarenta haveria de funcionar nas escolas públicas ???

O feed back das avaliações da rede não estão sendo articuladas nas escolas. Quantos têm pensado e planejado o desdobramento pedagógico daquela parafernália de dados que nos chegam e que nos pedem? O técnico é o profissional com melhores condições para fazer essa transposição, MAS, tem ficado relegado ao preenchimento de planilhas com intermináveis urgências e urgências... e o pedagógico, que é a atividade fim da escola, passa ao largo da nova realidade. Outro fato é que a demanda por mudança na cultura organizacional das escolas encontra pouca aderência nas instituições que, devido à leniência do estado, depois de anos e anos de um mesmo comando já se cristalizou uma ordem particular, inclusive em detrimento da política do estado, das avaliações e resultados.

Creio que se a SE não mudar as equipes gestoras e refundar esse modelo arcaico de gestão e, sobretudo não garantir o suporte pedagógico para a articulação desta política infelizmente não alcançaremos o que de nós se espera e tanto se cobra.

Um fator condicionante da melhoria do desempenho das escolas envolve a noção de tempo pedagógico. É preciso conceber que o processo de formação continuada estagnou, dada uma compreensão medíocre de que tempo pedagógico é só em regência em sala. 


E quando os professores vão, por exemplo, analisar as matrizes, planejar juntos, elaborar atividades com bases nos descritores, planejar intervenções personalizadas com base nas escalas de proficiência se não tiver um tempo, dentro do seu horário para tanto? e a aula atividade? digo que é um tempo improdutivo na maioria dos casos e a cobrança intensiva cria uma rejeição a tudo que for acréscimo de tempo e trabalho o que fica pior, tendo em vista que a maioria tem dois vínculos.

Ou seja, se os professores fizerem só o que legalmente são obrigados NÃO melhoraremos nossos indicadores qualitativos de jeito nenhum. Sabe qual é a pior qualidade de profissional? Não é o que falta, o que não entrega caderneta, não dá aula, pois, esses são facilmente identificáveis e passíveis de punição. O pior para uma escola que demanda esforço coletivo, é o que cumpre estritamente o que lhe é cobrado formalmente, mas não veste a camisa da escola. Este está no direito dele. Ele vai, dá as suas aulas, faz trabalho, teste e prova e pronto. 
E daí, QUAL A LEI QUE OBRIGA OS PROFESSORES A TRABALHAR COM DESCRITORES, matriz de referência, planejar com base nas escalas de proficiência, planejar projetos de intervenção, trabalhar com atividades diversificadas com foco nas competências com déficit maior e etc. Nenhuma. O SALTO DE QUALIDADE QUE PRECISA SER DADO DEMANDARÁ A CONQUISTA DA COOPERAÇÃO DOS PROFISSIONAIS E ISSO PASSA DIRETAMENTE PELO RESPEITO E PELO SUPORTE A SUA FUNÇÃO.


Os formuladores da Gestão por resultados me diriam, tem o bônus para isso. Mas será que o bônus convence a todos. Será que o bônus não estimula muito mais ao imediatismo e a toda sorte de jeitinhos brasileiros do que o compromisso autêntico e competente para enfrentar os problemas estruturais de que padecem as nossas escolas? A história nos sinaliza para isso. É o princípio de Campbell, quanto mais valorizado um indicador, maiores as chances de ser corrompido.


É preciso que as escolas comprem esta causa, e isto não se faz com imposição ou oferecendo uma coisinha em troca como se faz com as crianças. É preciso que a SE e o Governo tenha coragem de dialogar cada vez mais e dar mais suporte a ATIVIDADE FIM das escolas, a começar pelo suporte pedagógico, pelo auxiliar de disciplina que faz muita falta nas escolas e que o processo eleitoral funde o princípio de GESTÃO e não mais a centralização na pessoa do gestor, que muitas vezes atua na escola como um dono.
Trabalhar a perspectiva da equipe dá mais celeridade e sinergia ao trabalho. E não é pedagogismo participacionista, é claro que as orientações pseudopedagógicas do Banco Mundial não vão incorporar essa premissa, mas não falo nessa linha.

Um exemplo de rigoroso monitoramento do trabalho pedagógico, voltado PARA O PEDAGÓGICO e não para o ajuste fiscal, é o caso de Cuba expresso na obra de Martin Carnoy[1] "A vantagem acadêmica de Cuba". Por outro lado, um estudo que tem dado muito o que falar, é o de Diana Ravitch[2]. A historiadora americana que trabalhou na consolidação das políticas de responsabilização na década de 80 e que escreveu o livro  Vida e Morte do Grande Sistema Escolar Americano (The Death and Life of the Great American School System: How Testing and Choice Are Undermining Education) no qual relata as imensas distorções criadas pelo sistema de responsabilização, inclusive de casos absurdos de corrupção em estados que são tomados como exemplo, como o de Nova York.


Se a Secretaria de Educação NÃO CONSIDERAR SERIAMENTE OS FATORES QUE CONDICIONAM OS RESULTADOS DE PROFICIÊNCIA OS RESULTADOS ESTAGNARÃO DIANTE DA COMPLEXIDADE QUE ENVOLVE O CRESCIMENTO NA PROFICIÊNCIA MEDIANTE O DESENVOLVIMENTO DE PLANEJAMENTO E INTERVENÇÃO PEDAGÓGICA NOS PONTOS CRÍTICOS. E quem vai identificá-los? quem vai articular o conjunto para enfrentá-los com competência?


Esse profissional não existe na grande maioria das escolas, e o que pode fazer isso está sendo subutilizado, como um mero coletor de dados (de luxo) ou está sobrecarregado com atribuições que são de outras funções. Melhor que tenha um funcionário devidamente habilitado e com autonomia funcional para lidar com este desafio.

A propósito, às 11h do dia 10 quando estávamos na formação sobre os resultados do SAEPE, recebemos um email da UGR determinando que deixássemos a formação dar conta das planilhas. Tudo bem quanto aos prazos que devem ser cumpridos, mas, já estamos na função há um ano e oito meses e não teve sequer uma formação para situar as nossas atribuições dentro do modelo de gestão, os nossos limites e possibilidades funcionais e etc. Daí,  quando tem a primeira atividade em que vislumbro a possibilidade de fazer algo além  coletar dados com a finalidade não declarada e atender as sucessivas urgências de planilhas, somos convocados a recolher a nossa insignificância e voltar para fazer planilhas.


Me sinto como o personagem de Chaplin apertando parafusos na linha de montagem, no filme Tempos Modernos. Enquanto isso reina solta a ignorância quanto a questões elementares desse modelo de gestão, sobretudo quanto às avaliações.  Até hoje não entendo porque o estado fez questão por pedagogos para a função. São quase todos especialistas e com experiência como professores, coordenadores... Para isso? era melhor contratar estagiários, seria mais coerente com as premissas de ajuste fiscal que o governo segue a risca na educação.


 Nos mandaram para as escolas para que mesmo ? para contemplar em silêncio o espetáculo da produção do fracasso escolar em larga escala ou só fazer barulho e aplicar o rigor dos feitores quando se tratarem de falhas dos peões como nós  ? Nos querem como uma reedição dos bedéis? Qual o instrumento de intervenção pedagógica dos técnicos? Pedir que o gestor gentilmente mude o que estiver errado se caso ele entender, que assim, talvez , porventura seja necessário fazer algo ficaremos muito felizes de ser portadores da boa vontade. Isso sinceramente é ridículo.


Outra questão, diz respeito a difusão dos resultados a quem mais interessa , a escola. A imprensa tomou conhecimento antes de todos nós das escolas. Que fosse antes tudo bem, mas não com uma diferença de MESES. O CAED entrega os dados em MARÇO à SE. Qual a utilidade, para fins de intervenção, do repasse e análise dos dados só ser possível EM OUTUBRO ???? ainda mais para uma GRE que tem indicadores péssimos como a nossa. Isso tendo em vista, que mesmo sendo entregues os relatórios , dados e etc, em muitas escolas o repasse não é feito, ou o é, como mera informação, sem intervenção pedagógica articulada. Ou seja, não tem impacto, é um investimento gigantesco que morre na porta de escola. E vai continuar assim até que essa problemática seja tratada com a importância que merece.


E por falar em investimento, quero REPUDIAR um argumento usado para justificar o atraso ou inexistência desse e de outros encontros de formação, que foi A FALTA DE RECURSOS para as diárias e alimentação. ESSE ARGUMENTO NÃO É SÓ INACEITÁVEL QUANTO É IMORAL, ESCABROSAMENTE IMORAL. Primeiro porque é falso, não pode faltar dinheiro para algo tão simples, o que FALTA MESMO É PRIORIDADE.


Como esperam a cooperação dos profissionais que vem para uma formação que já está atrasada em meses, que vão ficar devendo aulas, gastando do próprio bolso e ainda se comprometendo com um acréscimo considerável de trabalho ??? como Pernambuco vai crescer em qualidade tamanha mediocridade em situações tão importantes para a escola, e que tem muito mais resultado do que os inúmeros encontros promovidos em ótimos hotéis e que tem tido pouco ou quase nenhum repasse ou retorno para a escola. Isso não é um uso eficiente dos recursos. Sou técnico e professor da rede e digo com certeza que muitas ações da SE não tem capilaridade nas escolas tanto por falta de competência técnica para executá-las de forma articulada quanto de vontade política de implementar as mudanças em detrimento das conveniências.


Bom, essa é uma reflexão sincera e respeitosa de quem está com a mão na massa e comprometido tão quanto o Sr. para a melhoria de nossa educação. isso é só uma amostra grátis da angústia e da sensação de abandono que por vezes sentimos na principal instância da cadeia de implementação que é a ESCOLA. Digo tudo isto, no sentido de compartilhar a angústia e o desejo de ver a superação do quadro lastimável em que ainda se encontram as nossas escolas.
Certo de vossa atenção

Ítalo Agra de Oliveira Silva
Professor (264.236-0) e Técnico educacional (303.239-6)
Lotado em Ribeirão-PE – GRE-Mata Sul
 Pedagogo, Mestrando Educação - PPGE-UFPB


P.S -  uma questão objetiva :
- Porque os dados do IDEPE e SAEPE de 2010 foram retirados do site da SE e do portal do CAED-UFJF ? Sei que os dados chegaram para a SE em março e que foram postados na internet, que eu pessoalmente acessei. Digo isto, porque estou precisando para os trabalhos como técnico e para a pesquisa documental de minha dissertação.



[2] http://www.dianeravitch.com/  “Diane Ravitch – ex-secretária assistente de educação e líder do movimento para a criação de um currículo nacional – examina a sua carreira na reforma educacional e repudia posições que ela anteriormente defendeu firmemente. Baseando-se em quarenta anos de pesquisa e experiência, Ravitch critica as ideias mais populares de hoje para reestruturar as escolas, incluindo a privatização, testagem padronizada, responsabilização punitiva e a multiplicação irresponsável de escolas autônomas. Ela demonstra conclusivamente por que o modelo empresarial não é uma forma apropriada de melhorar as escolas. Usando exemplos de grandes cidades como New York, Philadelphia, Chicago, Denver e San Diego, Ravitch evidencia que a educação de hoje está em perigo.”

sexta-feira, 30 de setembro de 2011

) método "socialista" de tratar professores faz ví...

ALTERNATIVA: O método "socialista" de tratar professores faz ví...:

O método "socialista" de tratar professores faz vítimas no Ceará

Cid Gomes, governador do Ceará, é correligionário de Eduardo Campos e demonstra que o "apreço" dos colegas do PSB por professores deve ser também compartilhado. Jagunços fardados e pagos pelos cidadãos para combater criminosos atacaram covardemente professores que manifestavam pelo atendimento de direitos e por reconhecimento e valorização.

As imagens abaixo retratam o absurdo e atestam o elevado grau de falta de compromisso dos adoradores de Stalin que figuram como bons "gestores" e "renovadores" que agem como verdadeiros coronéis típicos do velho mandonismos que marcou a tradição política nordestina.

Isso merece repúdio.




quarta-feira, 7 de setembro de 2011

BREVE HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO NO BRASIL

Um bom vídeo sobre a história da educação no Brasil.

Campanha: EU NÃO VISTO A CAMISA DA BI...

Professores, quero lançar aqui neste blog a ideia de boicotar a camisa da Bienal. Não vista essa camisa durante a sua visita a Bienal no Centro de Convenções. Uma forma direta de mostrar ao Governo do Estado a nossa insatisfação por receber o mesmo valor de 200,00 Reais desde 2009.Enquanto o valor deste bônus não sofre reajuste, os livros em contrapartida não param de subir de preço.
Agora pergunto a você: está disposto a colaborar comigo nesta campanha?

quarta-feira, 27 de julho de 2011

EDUARDO CAMPOS DÁ COM UMA MÃO E TIRA COM AS DUAS

DESCONTOS DO BÔNUS...

OS PROFESSORES QUE RECEBERAM O TÃO FAMOSO BÔNUS, ANUNCIADO COMO UM 14º SALÁRIO(SEM SER), FOI COLOCADO NO CONTRA CHEQUE DO MÊS DE JULHO COMO SE FOSSE SALÁRIO E TODOS OS DESCONTOS INCIDIRAM SOBRE O VALOR DO BÔNUS, FAZENDO COM QUE OS PROFISSIONAIS QUE O RECEBERAM, TIVESSEM OS SALÁRIOS REDUZIDOS PELA METADE E ATÉ ZERADOS.



EDUARDO CAMPOS DÁ COM UMA MÃO E TIRA COM AS DUAS.... PENSEI QUE TINHA VISTO TUDO DEPOIS QUE ELE DEU UM AUMENTO DIMINUINDO, AGORA ELE DEU UM BÔNUS DESCONTANDO DO SALÁRIO.
IMAGINA ISSO NA PRESIDÊNCIA HEIN ??? CHEGA DÁ ARREPIOS....

COMO SEMPRE O BLOG DO ALTERNATIVA SINTEPE FOI MAIS ÁGIL EM TRATAR DO ASSUNTO....

http://alternativasintepe.blogspot.com/2011/07/ja-nao-era-sem-tempo.html?showComment=1311819557832#c5790543955835157579

Já não era sem tempo...

NOTA DE ESCLARECIMENTO
Ao tomar conhecimento dos descontos inesperados ocorridos na folha salarial deste mês de julho, devido ao pagamento do Bônus de Desempenho Educacional (BDE), o Sintepe entrou em contato com os secretários de Administração, Ricardo Dantas, e Educação, Anderson Gomes, cobrando providências.

Ambos os gestores se comprometeram em analisar a situação, já que nos anos de 2009 e 2010, não houve descontos porque o BDE foi incluído como benefício, da mesma maneira que ocorre com o vale-refeição.

A inclusão do valor do BDE na parcela tributável do contracheque provocou inúmeras distorções, dentre elas um volume muito alto de dedução no Imposto de Renda, alteração no valor das pensões alimentícias, Funafin, Sassepe e vale-transporte, além de reduzir drasticamente ou mesmo zerar uma grande quantidade de contracheques. Tal medida atingiu principalmente os profissionais que possuem duas matrículas no Estado.

O Sintepe não entende como uma bonificação referente ao exercício 2010, a qual seria paga por meio de uma folha extra, de acordo com o que foi anunciado pelo próprio governo, traga prejuízos ao salário do trabalhador. Exigimos uma solução imediata por parte do governo do Estado.

Saudações gameleirenses....


Prof. Ítalo @gra

http://lattes.cnpq.br/7937390653515896
 

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Amanda Gurgel RECUSA prêmio de empresários

Blog da Amanda: Porque não aceitei o prêmio do PNBE: "Oi, Nesta segunda,o Pensamento Nacional de Bases Empresariais (PNBE) vai entregar o prêmio 'Brasileiros de Valor 2011'. O júri me escolheu,..."


Oi,
Nesta segunda,o Pensamento Nacional de Bases Empresariais (PNBE) vai entregar o prêmio "Brasileiros de Valor 2011". O júri me escolheu, mas, depois de analisar um pouco, decidi recusar o prêmio.
Mandei essa carta aí embaixo para a organização, agradecendo e expondo os motivos pelos quais não iria receber a premiação. Minha luta é outra.
Espero que a carta sirva para debatermos a privatização do ensino e o papel de organizações e campanhas que se dizem "amigas da escola".

Amanda





Natal, 2 de julho de 2011

Prezado júri do 19º Prêmio PNBE,

Recebi comunicado notificando que este júri decidiu conferir-me o prêmio de 2011 na categoria Educador de Valor, “pela relevante posição a favor da dignidade humana e o amor a educação”. A premiação é importante reconhecimento do movimento reivindicativo dos professores, de seu papel central no processo educativo e na vida de nosso país. A dramática situação na qual se encontra hoje a escola brasileira tem acarretado uma inédita desvalorização do trabalho docente. Os salários aviltantes, as péssimas condições de trabalho, as absurdas exigências por parte das secretarias e do Ministério da Educação fazem com que seja cada vez maior o número de professores talentosos que após um curto e angustiante período de exercício da docência exonera-se em busca de melhores condições de vida e trabalho.

Embora exista desde 1994 esta é a primeira vez que esse prêmio é destinado a uma professora comprometida com o movimento reivindicativo de sua categoria. Evidenciando suas prioridades, esse mesmo prêmio foi antes de mim destinado à Fundação Bradesco, à Fundação Victor Civita (editora Abril), ao Canal Futura (mantido pela Rede Globo) e a empresários da educação. Em categorias diferentes também foram agraciadas com ele corporações como Banco Itaú, Embraer, Natura Cosméticos, McDonald's, Brasil Telecon e Casas Bahia, bem como a políticos tradicionais como Fernando Henrique Cardoso, Pedro Simon, Gabriel Chalita e Marina Silva.

A minha luta é muito diferente dessas instituições, empresas e personalidades. Minha luta é igual a de milhares de professores da rede pública. É um combate pelo ensino público, gratuito e de qualidade, pela valorização do trabalho docente e para que 10% do Produto Interno Bruto seja destinado imediatamente para a educação. Os pressupostos dessa luta são diametralmente diferentes daqueles que norteiam o PNBE. Entidade empresarial fundada no final da década de 1980, esta manteve sempre seu compromisso com a economia de mercado. Assim como o movimento dos professores sou contrária à mercantilização do ensino e ao modelo empreendedorista defendido pelo PNBE. A educação não é uma mercadoria, mas um direito inalienável de todo ser humano. Ela não é uma atividade que possa ser gerenciada por meio de um modelo empresarial, mas um bem público que deve ser administrado de modo eficiente e sem perder de vista sua finalidade.

Oponho-me à privatização da educação, às parcerias empresa-escola e às chamadas “organizações da sociedade civil de interesse público” (Oscips), utilizadas para desobrigar o Estado de seu dever para com o ensino público. Defendo que 10% do PIB seja destinado exclusivamente para instituições educacionais estatais e gratuitas. Não quero que nenhum centavo seja dirigido para organizações que se autodenominam amigas ou parceiras da escola, mas que encaram estas apenas como uma oportunidade de marketing ou, simplesmente, de negócios e desoneração fiscal.

Por essa razão, não posso aceitar esse Prêmio. Aceitá-lo significaria renunciar a tudo por que tenho lutado desde 2001, quando ingressei em uma Universidade pública, que era gradativamente privatizada, muito embora somente dez anos depois, por força da internet, a minha voz tenha sido ouvida, ecoando a voz de milhões de trabalhadores e estudantes do Brasil inteiro que hoje compartilham comigo suas angústias históricas. Prefiro, então, recusá-lo e ficar com meus ideais, ao lado de meus companheiros e longe dos empresários da educação.

Saudações,

Professora Amanda Gurgel

sexta-feira, 1 de julho de 2011

ALTERNATIVA: Educação deve ser visto, antes de tudo, como um pr...

Educação deve ser visto, antes de tudo, como um problema econômico

Por Pierre Lucena - Originalmente publicado no Acerto de Contas
educacao


Educação no Brasil nunca foi prioridade, isto é um fato. Nem nos Governos passados, nem neste Governo, e provavelmente não será no que vier, seja ele qual for. Uns foram piores, outros menos piores, mas no fundo nunca levaram a sério.

A raiz deste problema está no fato de que encaramos educação apenas como um problema social, assim como a distribuição de alimentos e a assistência a saúde. Mas como fome e saúde não esperam, a educação ficou em segundo pleno até mesmo nestas áreas.

Em outros países a área educacional é tratada como um problema econômico. Depois que alguns economistas neoclássicos, partindo do Modelo de Crescimento Econômico de Solow, chegaram à conclusão de que educação é fator significativo no crescimento do produto, esta foi encarada de forma diferente.

Queiramos ou não, o mundo funciona deste jeito. O maior exemplo é a escravidão, que só acabou depois que perceberam que era mais produtivo ter um funcionário do que um escravo. Ou ainda o nosso caso recente do Bolsa Família, onde a elite percebeu que um programa mínimo de renda é capaz de mudar rapidamente o panorama econômico de uma região, criando mercado e oportunidades. Hoje não se discute mais a importância do programa, pois ele praticamente se consolidou. E não acreditem que isso é apenas por causa dos votos da população pobre, ou porque tivemos um Governo mais popular.

A história mostra que as elites só funcionam impulsionadas por incentivos econômicos.


Países que encararam a melhoria do processo educacional como importantes para o crescimento econômico deram outra musculatura ao setor, seja ele público ou privado, e efetivamente transformaram a vida do país. Basta ver o exemplo da Coreia, Finlandia e Alemanha. Ou para ser mais perto da nossa realidade, o caso do Chile.

Infelizmente o mundo joga o jogo da elite, que está preocupada apenas com seu bolso. E enquanto não convencermos esta de que nossa falimentar escola básica precisa de mudança urgente, nada vai melhorar. Aqui no Brasil somos sempre reativos, encarando o ensino apenas como um direito do cidadão, quando deveríamos enxergar como uma oportunidade para a melhoria coletiva.

Lógico que mexer nesse ponto é tratar de alguns fatores que são simplesmente jogados para debaixo do tapete. Salários ridículos aos professores, politicagem incorporada ao setor, corporativismo exarcebado de parte dos edukocratas e condições messiânicas de trabalho são ponto comum em qualquer ponto da cadeia produtiva educacional brasileira.

E enquanto nossas elites não assumirem a concepção de que investir em educação é condição sine qua non para uma vida próspera e uma economia robusta, salário de professor vai continuar menor do que o de um ambulante e merenda escolar ainda vai ser motivo de muito escândalo jornalístico

ALTERNATIVA: Educação deve ser visto, antes de tudo, como um pr...: "Por Pierre Lucena - Originalmente publicado no Acerto de Contas Educação no Brasil nunca foi prioridade, isto é um fato. Nem nos Governos ..."

domingo, 5 de junho de 2011

O PROF. DE NÍVEL SUP. SÓ VALE R$ 59,40 PARA GOVERNADOR.


O AUMENTO DO GOVERNO NÃO FOI DE 18,64%, POIS, 13,64 FOI PARA CUMPRIR A LEI DO PISO. ERA PORTANTO OBRIGATÓRIO, O GOV. DUDU MENTIRINHA SÓ DEU 5%.  PELO AUMENTO ATUAL O NOSSO NÍVEL SUPERIOR SÓ VALE R$59,40.

o aumento real foi de apenas 5% e não de 18,64%, pois o valor do piso é de R$ 1.187,97 e o salário agora definido pelo governo é de R$ 1.247,37. São apenas R$ 59,40 de diferença. 

A direção do sindicato pode achar relevante os 5% e a categoria pode até concordar, mas não dá para publicar num veículo de âmbito sindical que o ganho foi de 18,64%, pois isso não é expressão realista dos fatos e tal forma de divulgação ofende a categoria, pois incorre numa estratégia de comunicação tipicamente empregada pelo próprio governo: confundir e se esconder em propaganda!"

ver matéria completa no blog alternativa SINTEPE

sexta-feira, 3 de junho de 2011

VEJAM O FRACASSO AMERICANO QUE EDUARDO COPIA.


24/05/2010 - 03h03
Avaliar para punir é uma distorção, diz crítica das reformas nas escolas de Nova York
ANTÔNIO GOIS enviado especial a Nova York

A reforma educacional que o prefeito Michael Bloomberg implementou nas escolas públicas de Nova York não é unanimidade entre especialistas. Uma das vozes mais importantes a se posicionar criticamente às mudanças é a da historiadora Diane Ravitch, professora da Faculdade de Educação da Universidade de Nova York.


Para ela, a cultura de avaliação com consequências punitivas é uma distorção que gera efeitos perversos no sistema educacional, como o estreitamento do currículo apenas em disciplinas que contam em testes, caso de leitura e matemática.


Ex-consultora do Ministério da Educação na gestão do presidente George Bush (pai), suas opiniões têm repercutido na imprensa americana, especialmente depois que ela lançou o livro "The Death and Life of the Great American School System" ("Vida e Morte do Grande Sistema Americano de Educação", sem tradução no Brasil).
Veja abaixo a entrevista de Ravitch à Folha:




FOLHA - Nova York tem registrado ganhos significativos na taxa de aprovação dos alunos. Isso não mostra que as mudanças estão dando certo?


DIANE RAVITCH - O sistema implementado na cidade de Nova York tem muitas falhas. Há muita publicidade feita por aqueles que estão no comando. Quando avaliada por testes nacionais, a cidade apresenta apenas pequenos ganhos em matemática nos últimos oito anos, e quase nenhum em leitura. Também não se verifica qualquer progresso incomum para afro-americanos ou hispânicos, que normalmente têm notas mais baixas que brancos e asiáticos.
É verdade que as taxas de conclusão do ensino médio aumentaram, mas considere também o fato de que 75% dos alunos formados pelo sistema que ingressam na Universidade da Cidade de Nova York (destino mais comum) entram mal-preparados e precisam de aulas de reforço.




FOLHA - O que está errado, em sua opinião?


RAVITCH - Ao se concentrar tão intensamente em resultados em testes, o sistema de ensino da cidade estreitou o currículo das escolas. Resultados em testes em ciências e estudos sociais são muito ruins, mas eles não são considerados no sistema de avaliação federal ou estadual. A forte dependência das escolas do resultado em testes fez com que disciplinas como história, geografia, línguas estrangeiras, ciências, artes, e outras fossem deixadas de lado.




FOLHA - Mas não é importante avaliar as escolas para que a gente possa melhorar o aprendizado dos alunos?


RAVITCH - O problema não está na avaliação, mas no desvio que se faz de seus objetivos. Testes são importantes, na medida em que produzem informações úteis. Eles devem ser usados para ajudar professores e alunos, e não para puni-los.


O problema que nossa política de prestação de contas é fundada na crença utópica de que 100% dos alunos atingirão altos níveis de proficiência. Quando isso não acontece, as escolas e seus professores são punidos, estigmatizados por não atingir esta meta irrealista.


O programa No Child Left Behind (política federal criada na gestão do ex-presidente George W. Bush --o filho-- e que, assim como Nova York, também relaciona resultados em avaliações com consequências punitivas) também comete o erro de impor exigências absurdas para professores e escolas.
Colocar pressão sobre as escolas não leva a uma melhoria da qualidade. Em vez disso, leva a um estreitamento do currículo, pois os professores enfatizarão apenas as disciplinas e temas que são testadas, negligenciando o que fica de fora das avaliações. Estamos gastando milhões para preparar crianças para testes. Isso pode levar a um aumento da pontuação, mas se mudarmos esses testes, as crianças se sairão mal.

quinta-feira, 2 de junho de 2011

NEGOCIAÇÃO 1º DE JUNHO... mais um Round

quinta-feira, 2 de junho de 2011

Comissão e Governo (1º de junho)

A Comissão de Negociação foi chamada em caráter de urgência às 17:30' do dia 01 junho. O aviso foi dado aproximadamente às 17 horas e a correria foi grande para chegarmos no horário marcado (SEPLAG/rua da Aurora). O secretário Ricardo Dantas havia dito que,só haveria nova reunião se o governo tivesse dados novos que pudessem avançar na negociação. Vejam qual elemento novo o Secretário de Administração trouxe à mesa ?

Piso Salarial a partir do mês de julho, (13,59% Médio e 13,64% Superior)
Retroativo (para todos) à janeiro a ser pago de julho à dezembro.
Ampliação da diferença entre o nível Médio e o Superior de 2% em dezembro
e mais 3% em junho de 2012.

Não aceitando a proposta, a Comissão apresenta (com algumas divergências) 'nova versão' do que foi proposto anteriormente (31/05) para o governo:
Correção do Piso Salarial na grade do PCCV (para todos) em junho (13,59% Médio e 18,64% Superior, diferença de 5%)
Retroativo, a ser pago parcelado (para todos)
50% do montante dos recursos destinados ao retroativo seriam utilizados de agosto ate dezembro de 2011, o restante, até maio de 2012.

Correção do Piso em janeiro de 2012 conforme manda a Lei.
Rejeitada inicialmente pelo secretário, estabeleceu-se o impasse uma vez que a proposta já havia sido rebaixada ao máximo. Porém, após exaustivos cálculos feitos e refeitos afirmou o senhor Ricardo Dantas que há possibilidades de aceitação da proposta apresentada pela Comissão. Assim, (mais detalhada), essa é a proposta que será levada à apreciação na Assembléia dos tTrabalhadores em Educação daqui à pouco. (02 de junho às 9h Teatro da Boa Vista).
Bom dia, abração

SECRETÁRIO DE EDUARDO DEBOCHA DO SINDICATO DE NOVO E PISA NO PISO.

Reunião do dia 31(maio)

Com endereço e horário trocado (de última hora) aconteceu ontem às 20:20' na Sec. de Planejamento (rua da Aurora )mais uma desgastante reunião com o governo do Estado. A proposta apresentada ontem (31/05) à comissão é ainda pior que a anterior.A estratégia é a mesma, apresentam-nos péssimas propostas para que escolhamos a "menos ruim".
I. O governo propõe pagamento do Piso e retroativo para alguns (os que ficarem abaixo do valor) e 5% para junho.
II. Pagamento do Piso com retroativo para todos e reajuste de 3% somente para janeiro de 2012.
De acordo com o secretário Ricardo Dantas em 2013 haveria reajuste de 6% e até 2014 teríamos 10% em cima do valor que for definido para o Piso. Uma política pensada ao longo dos anos.
Colocando-se contrária à proposta, a Comissão deixou os secretários Anderson Gomes e Ricardo Dantas cientes da indignação que tomou conta da categoria ao avaliar na última Assembleia a proposta anterior do governo e também da intenção do ingresso de ação na justiça,uma vez que a medida adotada pelo governo aponta para a inconstitucionalidade quando descumpre a decisão do STF. Além disso, segundo Heleno Araújo (presidente Sintepe) o orçamento do Estado aponta que, no 1º quadrimestre desse ano, houve acréscimo da receita mais que o previsto, enquanto os gastos, foram menores ficando na faixa de 17.42% e o máximo permitido é 25%.
Em resposta, Dantas afirmou que, " fica muito caro para governo fazer as duas coisas, a retroação implicaria num acréscimo de 50 milhões na folha". Quanto a decisão de recorrer a justiça disse o secretário em tom de deboche: "O que não vai faltar é advogado querendo ganhar dinheiro dos professores, que o governo está muito tranquilo e que tem a interpretação e entendimento correto sobre o que diz a Lei ".
Severina Porpino (Sintepe) em sua fala argumentou que, "não somos juristas mas, sabemos também o que diz o STF e que, esse governo não tem credibilidade que, já traiu a categoria uma vez e que, não podemos acatar o que está sendo posto para os trabalhadores".
Questionei sobre a total descaracterização da Campanha Salarial, sobre a visão dos secretários (Administração e o de Educação) em relação ao Piso da CNTE (R$ 1,597.) defendido anteriormente pelo Sintepe e aprovado no Congresso de Educação, e sobre o que estes senhores consideram 'valorização profissional'. Citei da necessidade urgente de rever o modelo de política educacional do governo e do crescimento econômico pernambucano desatrelado do quadro social.
O secretário de Administração simplesmente respondeu que, o governo está reunindo esforços no sentido de valorizar o professor e, que não reconhece o piso da CNTE. Falou dos incentivos que o Estado oferece às empresas que se instalam em solo pernambucano, e dos impostos que deixa de arrecadar destas, mas, isto, na visão do secretário é desenvolvimento social uma vez que vem a geração de empregos. Assim, sem nada acordado encerrou-se a reunião (às 22:50') e segundo o pronunciamento final do secretário Dantas se houver algum elemento novo que possa avançar na discussão talvez a Comissão possa ser chamada ainda hoje (01/junho) mas, frisou, não querer criar nenhuma expectativa. Penso que o Secretário de Administração já disse tudo.
Com o Secretário de Educação ficou agendada reunião para dia 06 de junho às 16 horas na Secretaria de Educação, discutiremos outros pontos da Pauta de Reivindicação.